Numa parceria inédita em Portugal, entre uma empresa privada, a Everything is New, e o Estado Português, através da Direcção-Geral do Património Cultural, o Palácio Nacional da Ajuda vai receber, entre os dias 23 de Março e 25 de Agosto, a maior exposição individual de Joana Vasconcelos.

 

Com inauguração marcada para dia 22 de Março, a exposição comissariada por Miguel Amado, vai ter lugar nos aposentos reais do Palácio e traduz sensivelmente a última década do trabalho de Joana Vasconcelos, reunindo obras icónicas como “A Noiva”, “Coração Independente” ou “Marilyn”, lado a lado com obras mais recentes, nunca antes expostas em Portugal, como “Lilicoptère”, “Perruque” ou “War Games”.

 

Joana Vasconcelos é uma artista que dispensa grandes apresentações. Desde que, em 2000, venceu o prémio EDP Novos Artistas, construiu um carreira em sentido ascendente, que a coloca neste momento como uma das artistas mais importantes e reconhecidas a nível mundial. No ano passado, tornou-se na primeira mulher e na mais jovem artista a expor no Palácio de Versalhes, numa exposição visitada por 1,679 milhões de pessoas, que a coloca como a exposição mais visitada em Paris nos últimos 50 anos.

 

O Palácio Nacional da Ajuda é uma magnífica obra da arquitectura portuguesa. Construído na primeira metade do século XIX, o Palácio da Ajuda foi o local de residência oficial da monarquia portuguesa até à instauração da República. Em 1968 abriu ao público como museu, constituindo um dos mais importantes museus portugueses de artes decorativas. O Palácio conserva ainda os aposentos reais, mantidos fiéis à época após apurados trabalhos de restauro e reconstituição histórica.

 

O diálogo entre as obras da artista e os interiores únicos do Palácio Nacional da Ajuda, prometem transformar esta exposição no acontecimento mais marcante da arte contemporânea em Portugal. Após o sucesso em Versalhes, Joana Vasconcelos regressa a Lisboa para apresentar a sua mais ambiciosa exposição até à data.

Depois da exposição em Versailles, a Joana Vasconcelos expõe uma parte importante da sua obra no Palácio Nacional da Ajuda e temos, mais perto, a possibilidade de a ver integrada num ambiente clássico, rico, diferente do “vazio” de outras salas e espaços expositivos por onde a sua obra tem passado. Como muitos eu também não tive a oportunidade de ver a exposição no faustoso palácio francês, mas não perderei esta oportunidade de ver a ou as relações existentes entre o ambiente e as peças da artista. A imagem abaixo diz algo sobre o que nos espera. Os meus parabéns ao Palácio Nacional da Ajuda, à Joana e aos organizadores desta iniciativa.

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© Imagem recebida via Palácio Nacional da Ajuda.