Não é ainda o post mais completo sobre o UNUMERATE que prometi aqui (está quase a acabar uma fase importante que exige máxima concentração), mas não posso deixar de partilhar convosco a actualização do projecto feita pelo Nick Poole da Collections Trust (entidade responsável pelo projecto) que poderão assistir abaixo:
[youtube=http://youtu.be/Cz_TBkwBVmI&w=500]
Desta actualização gostaria de destacar a plataforma de dados sobre o projecto e sobre o inquérito realizado ao estado da digitalização das colecções europeias (onde poderão inclusivamente descarregar os dados para excel e SPSS) disponível em http://enumeratedataplatform.digibis.com, na qual poderão também encontrar uma ferramenta, disponibilizada pela Digibis, o ENUMERATE Benchmark, através da qual conseguirão comparar os valores de digitalização das vossas colecções com as médias europeias e nacionais para instituições similares. Para o fazerem apenas precisarão de preencher o tipo de instituição (de acordo com a grelha de tipologias do projecto), o país, a percentagem da colecção já digitalizada e, finalmente, a percentagem da colecção que a vossa instituição pretende digitalizar (tendo em conta que há colecções que não interessa, não podem, não devem, têm um valor de digitalização não sustentável, etc.)
Um breve apontamento (ainda não tive a oportunidade de ler todo o relatório) para referir o importante relatório estatístico sobre digitalização do património cultural europeu que foi recentemente publicado (embora esteja datado de Maio, o documento só foi tornado público no passado dia 29 de Junho, segundo julgo saber). Este relatório, que apresenta o actual estado da digitalização na Europa, foi conduzido pela rede ENUMERATE em 29 países nos quais contou com a parceria de instituições nacionais. Em Portugal a coordenação do inquérito esteve a cargo da Biblioteca Nacional e responderam ao mesmo 85 instituições, conforme noticiado pela BN.
O inquérito, disponível online entre Janeiro e Março de 2012, foi respondido por cerca de 2000 instituições e contava com um conjunto de 32 questões, disponíveis em 16 línguas, nas quais se inquiria sobre o estado das actividades de digitalização, o acesso às colecções digitais, estratégias de preservação digital e custos dos projectos de digitalização.
Este inquérito será, na minha opinião, um importante instrumento na definição de políticas e captação de meios (assim o queiram os responsáveis nacionais e europeus) para este importante trabalho que visa, em última análise, providenciar um acesso facilitado ao conhecimento que os museus e instituições culturais guardam.
Neste momento não posso aprofundar como gostaria esta questão, mas prometo que em breve irei ler todo o relatório, com especial cuidado para os dados referentes a Portugal, e falar aqui sobre o assunto.