Design, tecnologia, comunicação e museus – MUX.2015

Design, tecnologia, comunicação e museus – MUX.2015

Nunca um título de um post meu resumiu de forma tão linear alguns dos tópicos que mais me interessam. Design, tecnologia, comunicação em museus é o tema do MUX.2015 – Museus em experiência que terá lugar na Universidade de Aveiro (com entrada livre… toca a aproveitar) nos próximos dias 29 e 30.

Este encontro, que é uma organização conjunta do DECA – Departamento de Comunicação e Arte e dos Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia da UA, pretende “… reunir especialistas, investigadores e profissionais nas áreas da museologia, do design, das ciências e tecnologias da comunicação para debater e refletir sobre o presente e o futuro da relação entre a museologia e da museografia em Portugal.” E como se tal não bastasse para despertar o vosso interesse, acrescenta ainda a organização: “A integração a montante do design e das tecnologia da comunicação nas estratégias museológicas é cada vez mais determinante para cativar e envolver novos públicos de uma forma mais interativa com os artefactos, os temas e as narrativas museológicas.”

Do programa permitam-me que destaque (sem qualquer desprimor para as restantes intervenções) a participação de Sam Brenner (Interactive Media Developer na Cooper Hewitt, Smithsonian Design Museum) pela oportunidade de ouvirmos alguém de uma instituição que tem sido determinante na mudança de paradigma na relação entre museus, web e tecnologia (incluíndo aqui também o design e a comunicação). No entanto, há mais… muito mais e com a elevada qualidade com que o DECA nos tem vindo a habituar.

Eu estarei por lá a falar sobre o futuro do SPECTRUM PT (a seguir ao almoço e antes do intervalo é uma maldade que me fazem) e espero pela vossa presença e contributo para o debate que possa suscitar a minha intervenção.

Não percam!

66 – Acesso Cultura

66 – Acesso Cultura

Não é uma resolução de ano novo, é uma resolução com já algum tempo, amadurecida portanto, mas que esperava pela chegada deste ano (não me perguntem porquê, mas é assim que este meu cérebro funciona nestas coisas). É uma resolução que tomo consciente de alguns princípios que utilizo para ajuizar a minha inscrição em determinada instituição/associação e que se prendem, fundamentalmente, com a actuação dessa instituição na comunidade museológica, com o mérito dessa actuação e, também, com aquilo que o contributo que poderei dar a essa associação. Foi assim que decidi a inscrição no ICOM e na APOM, as outras associações (profissionais) da área da cultura a que pertenço e foram estas as razões que me fizeram inscrever na Acesso Cultura. Contam outros critérios, claro… mas esses ficaram quase esgotados com a inscrição como sócio do Glorioso.

Acompanho o trabalho da Acesso Cultura desde a sua fundação como GAM – Grupo para a Acessibilidade nos Museus. Desde aí é perceptível como a nossa consciência (enquanto comunidade), relativamente às questões da acessibilidade na área dos museus (e cultura), se modificou, alertando-nos e , acredito, tornando-nos mais preparados para lidar com o conjunto de desafios que são colocados nesta área. Tive o privilégio de ser convidado para uma das suas reuniões anuais, já como Acesso Cultura, onde se debateu o papel das redes sociais na acessibilidade (poderão assistir ainda à gravação da conferência aqui) com a participação do Marc Sands (da Tate) e de diversos colegas com um trabalho notável nesta área e de ter sido convidado para “moderar” dois debates (edição Porto) sobre o importante tema da fotografia nos museus. Acredito que o futuro será ainda melhor para a Acesso Cultura e que esta é uma associação necessária em Portugal na área da Cultura. Ontem recebi a aprovação da minha inscrição como sócio e, dentro das minhas capacidade e possibilidades, darei o meu melhor à associação.

Aproveito para desafiar a todos os que estão desse lado para se inscreverem como sócios e, acima de tudo, para participarem nas actividades da Acesso Cultura. É a melhor forma de perceber que vale a pena associarem-se (informação sobre como se podem inscrever como sócios).

Aqui fica a Missão da Acesso Cultura:

A Acesso Cultura promove a melhoria das condições de acesso – nomeadamente físico, social e intelectual – aos espaços culturais e à oferta cultural, em Portugal e no estrangeiro.

Um bom Ano!

Um bom Ano!

Foi um bom Ano. Cheio de novos projectos, concretização de alguns outros, continuação de outros. Para o Ano espero que continue assim, aliás que melhore em alguns pontos e certamente será quase um ano perfeito.

Este foi o ano em que concretizei (melhor dizendo, concretizamos), com a ajuda de bons amigos e de várias instituições que acreditaram no projecto, a primeira fase da implementação da norma SPECTRUM em Portugal e no Brasil com a publicação, em Agosto, da tradução e adaptação da norma, em versão digital e impressa. Um trabalho que seria impossível sem a preciosa ajuda de muitos (não nomeio todos(as) para não correr o risco de me esquecer de alguém… desculpem), mas para o qual foi essencial o empenho do amigo Gabriel Bevilacqua Moore.

Foi o ano em que comecei a colaborar, de forma mais estreita, com a Universidade onde aprendi muito do que sei sobre museus e museologia.

Foi o ano em que conheci uma quantidade enorme de excelentes profissionais de museus do Brasil. Uma comunidade vibrante, com vontade de mudar e melhorar os museus brasileiros que me fez lembrar os anos da criação da nossa RPM e aquilo que imaginávamos ser o futuro dos museus portugueses. Gente boa que me acolheu de braços abertos e com quem aprendi muito mais do que aquilo que partilhei. Entre eles ganhei novos amigos (e isso é o mais importante).

Foi o ano em que verifiquei que a comunidade profissional de museus tem uma resiliência notável. Já o imaginava, mas o teste este ano foi duro para muitos e ainda assim não vi ninguém virar a cara aos problemas. E foram alcançados feitos notáveis nos museus portugueses este ano, tendo em conta todos os constrangimentos sobre eles.

Para o ano espero que todos os meus colegas e amigos, assim como os museus e instituições onde trabalham consigam alcançar os seus objectivos e fazer, se é que é possível, ainda melhor do que este ano. Será certamente um ano difícil, mas creio que, enquanto comunidade, estamos mais do que à altura das circunstâncias.

Um excelente ano para todos!

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