Software de apoio à produção científica

Software de apoio à produção científica

O ano de 2008 foi um ano de mudança em termos tecnológicos para mim. Até então usava, maioritariamente, como ferramenta de trabalho um normal PC com sistema operativo da Microsoft. Na altura debatia-me no trabalho, penso que como muitos outros, com as chatices que o Vista nos trouxe e com a ponderação de voltar ao XP. Vivia, como lhe gostam de chamar alguns mac users, na idade das trevas e junto ao Império do Mal.

Em casa, no entanto, tinha em casa um iMac G5 (a última geração dos Power PC da Apple) que me ajudou, em paralelo com o PC, a trabalhar e escrever o mestrado que apresentei e defendi em 2007 e estava convencido plenamente que poderia ter como plataforma principal o Mac OS e utilizar Windows apenas no necessário para o trabalho. Hoje é assim que acontece.

Assim resolvi partilhar alguma das ferramentas que utilizo no dia a dia do meu trabalho e que considero bastante úteis para aumentar produtividade e diminuir o esforço que normalmente é exigido em algumas dessas tarefas.

1. Pages (www.apple.com) – 15,99 € – Mac App Store

É o editor de texto da Apple e tenta, ainda sem o conseguir, destronar a hegemonia do Word. Se compararmos estas duas ferramentas podemos verificar que o que o Word tem de magnífico em termos de edição de texto, criação de índices, bibliografia automática, etc. é contraposto no Pages por uma excelente capacidade de paginação, formatação, tratamento de imagem e gráficos. Os dois são pagos, mas o Word tem versão para os dois sistemas e nesse aspecto tem uma vantagem sobre o Pages. No entanto, este último permite fazer exportações para word e pdf com facilidade e mantendo a formatação.

2. Evernote (www.evernote.com) – Gratuito

O Evernote é O programa de notas do momento. É completamente multi-plataforma (funciona em Windows e Mac) com aplicações desktop e via browser e tem versões para as plataformas móveis mais importantes (IOS, Android, Blackberry, Windows, WebOs). Permite tirar notas a partir de imagens, de capturas de ecrãs, de informação que encontramos num site, etc. e sincroniza, através da criação de uma conta online, as nossas notas entre todos os aparelhos em que usamos a aplicação. Absolutamente indispensável.

3. Mendeley (www.mendeley.com) – Gratuito

É um dos melhores softwares de gestão de bibliografia que eu conheço. Assim como o Evernote permite a criação de uma conta online que sincroniza as nossas notas e que nos permite, através de um iPhone ou iPad, ver os dados que temos registados e registar também os dados de uma consulta que estamos a fazer num local onde o computador não esteja disponível. Permite, através de uma aplicação muito simples, importar dados da web em sites com referências bibliográficas como o Google Scholar, DBLP, JSTOR, entre muitos outros. Permite a gestão dos muitos PDF que vamos acumulando com artigos e teses e funciona como uma rede social para partilha de referências e documentos entre grupos que os utilizadores podem criar. Pode funcionar com o Word, OpenOffice e NeoOffice como ferramenta de gestão de referências e bibliografia. Excelente.

4. Dropbox (www.dropbox.com) – Gratuito na versão base

Esta aplicação é uma espécie de disco virtual ao qual podemos aceder em qualquer lado onde exista internet e ter assim todos os documentos que precisamos ao alcance dos dedos. No Mac OS (penso que no Windows é de alguma forma parecido) integra-se completamente no sistema operativo e permite gerir as pastas que queremos (ou não) colocar online de acordo com a nossa organização. É também um excelente recurso para fazer cópias de segurança, por exemplo.

Estes são apenas alguns exemplos de algumas aplicações que vou usando com mais regularidade. Há aplicações como o Endnote (pago) para a gestão de bibliografia, o SPSS (pago) para análise estatística de dados ou o Keynote para produzir apresentações que têm consideráveis vantagens. Os dois primeiros são normalmente disponibilizados gratuitamente pelas Universidade e só têm que perguntar nos respectivos departamentos de informática como proceder para instalar no vosso computador esses recursos.

Um outro exemplo de um excelente recurso para o trabalho de investigação é a ligação (através de uma VPN) à rede da vossa faculdade. A Faculdade de Letras da Universidade do Porto disponibiliza este serviço que nos permite de qualquer lado aceder aos serviços de pesquisa da biblioteca e, consequentemente, aos documentos, revistas, publicações e catálogos online que a FLUP subscreve. É algo da maior utilidade.

Alguém quer partilhar as aplicações que usa?

Reunião de Grupo de Trabalho de Arqueologia

Reunião de Grupo de Trabalho de Arqueologia

Alguém muito sábio poderia ter dito um dia que para uma empresa ter sucesso é absolutamente necessário que crie uma relação com os seus clientes que lhe permita perceber as suas necessidades e apresentar soluções eficientes para as suprir. Na falta de uma citação daquelas bonitas, fica a ideia.

É de tal forma evidente aquela afirmação que só é estranho quando encontramos alguma que faça exactamente o oposto (estranho, mas não raro). Isto é, alguma empresa que esteja completamente desligada do mercado onde actua. Não é, de todo, o caso da empresa onde trabalho. A relação com os nossos clientes é algo que muito estimamos e de que temos o maior orgulho e, na minha opinião, é a prova da competência que julgamos ter.

Neste sentido, amanhã vamos dar finalmente continuidade a um projecto que ficou, por diversos motivos, um pouco parado nos últimos tempos: os Grupos de Trabalho. Para os que não conhecem este projecto da Sistemas do Futuro, os Grupos de Trabalho são fóruns de discussão (e decisão), organizados por tipos de colecções (Arte, Ciência e Técnica, Etnologia, etc.), para os quais convidamos técnicos de museus que trabalham connosco, com o objectivo de debater questões relacionadas com inventário, documentação e gestão de colecções. Desde os aspectos legais, passando pela normalização internacional e nacional, até aos desenvolvimentos tecnológicos e novas funcionalidades das aplicações tudo é discutido de forma bastante aberta e informal com o propósito de melhorar os nossos produtos e, acima de tudo, de disponibilizar ao conjunto de museus e instituições que os utilizam, soluções capazes e eficientes. Das reuniões tidas no passado saíram grandes ideias e novas funcionalidades que têm vindo a ser usadas por cada vez mais museus e resgatadas pela concorrência.

Amanhã retomaremos então este projecto com o primeiro grupo que criamos em 2007, o de Arqueologia.

Os temas a debater centrar-se-ão entre a georeferenciação do património imóvel, a organização do registo de imóveis com as suas dependências directamente associadas (ex. de um centro histórico e do conjunto de edificado que o compõe), a criação e utilização de thesauri na documentação e inventário, a ligação a bases de dados externas complementares (bibliografia, por exemplo) ou ainda questões relacionadas com a utilização de diversas línguas no registo da informação. Este grupo tem também um importante papel na discussão sobre a gestão do património imóvel dado que vários técnicos que estarão presentes têm, no âmbito das suas funções, responsabilidades na gestão do território dentro das autarquias onde trabalham.

Serão dois dias de trabalho intenso e produtivo (tenho a certeza disso) regados com a boa disposição e um jantar de convívio, como não podia deixar de ser.


Investigação para o doutoramento

A partir de hoje estará disponível nas páginas do Mouseion uma página com todos os textos que consulto, total ou parcialmente, para a investigação da tese. Agradeço a todos os que pretendem contribuir e dar-me a conhecer outros textos que não estejam por lá, o envio de um comentário ou e-mail para alexandre@mouseion.pt com a referência. O objectivo no futuro é acrescentar uma nota em cada um dos textos com indicações do que achei deles e das mais valias que me trouxeram. Mas tudo a seu tempo.

Muito obrigado e espero que possa ser útil a todos esta minha recolha.

Uma pesquisa

Preciso da vossa ajuda. Estou a preparar uma comunicação que irei apresentar em breve e procuro websites de museus militares que disponibilizem as colecções online através de uma ferramenta de pesquisa directa numa base de dados.

Alguém conhece algum? Eu procurei com algum cuidado e não consigo vislumbrar nenhum que tenha essa possibilidade. Em alguns mostram algumas peças, noutros destacam uma peça, mas pouco mais do que isso. Em todo o caso ainda tenho alguns museus militares ingleses para percorrer.

Caso conheçam agradeço que coloquem o endereço nos comentários, ok?

Obrigado