Tenho a enorme felicidade de ter amigas como a Cláudia Garradas, técnica superior no Museu da Faculdade de Belas Artes do Porto, ilustre investigadora em história de arte que desde 1998 me dá o grande privilégio de ser minha amiga. Uma daquelas amigas que qualquer pessoa precisa e quer ter.

Pois bem… eu falhei com ela. Falhei na nossa amizade. Os motivos ficam para nós os dois… ficam para um almoço onde carpiremos todas as mágoas e no final acabamos a rir de mais um episódio de 10 anos de uma amizade que não tem qualquer explicação, a não ser a sinceridade absoluta que temos um com o outro. Falhei… porque me esqueci, assumo-o sem qualquer problema e com um enorme pedido de desculpa a uma grande amiga, de ter mencionado aqui a conclusão da tese de mestrado da Cláudia sobre as colecções do Museu da Faculdade de Belas Artes do Porto, a cuja defesa assisti e me encheu de um orgulho imenso. Uma tese brilhante e não o digo apenas por ser a tese da Cláudia, digo-o, porque tive o prazer de acompanhar grande parte do processo e de ter percebido o empenho e gosto que a Cláudia coloca em tudo que faz.

Queria, minha cara amiga, pedir-te um rol de desculpas. Um rol enorme como nunca viste, mas com a mesma sinceridade que uso quando tenho de te dizer que os caminhos que traças não me parecem os melhores (coisa rara) ou quando te digo que amizades como a tua são as mais dificeis de encontrar e de manter. Desculpa a este insensível amigo por esta enorme falha (será mais uma a juntar a outras) que não tem desculpa.

Aceita, por favor, este pequeno pedido de desculpas pelo esquecimento imperdoável da menção da tua tese. A tua amizade merecia bem mais do que te dou…

Beijo enorme deste teu pateta, mas sincero, amigo.