“A Grécia não quer esvaziar os museus de todo o mundo. Mas, se tiverem alguma coisa que é nossa e o pudermos provar vamos reclamá-la”.

Esta frase, do ministro da cultura da Grécia, demonstra bem o empenho com que os países que viram, a determinada altura da História e segundo ciscunstâncias especiais, os seus bens culturais a serem espoliados pelas nações imperiais. A Grécia, o Egipto e as antigas colónias dos grandes impérios europeus são alguns exemplos de países que viram a sua herança cultural ser espoliada. É difícil não nos colocarmos ao lado destes países, mas temos que perceber que também em Portugal esta situação poderá, mais tarde ou mais cedo, acontecer.

Mais recentemente o roubo de objectos valiosos, motivado por um crescente e proveitoso mercado de arte/coleccionismo (ao que me é dado a saber o segundo mercado ilegal mais rentável a seguir ao da droga), faz com que estas situações continuem a ocorrer. É o caso de uma coroa funerária grega que o Museu Getty adquiriu, segundo notícia do Público de hoje, a antiquários sem ter como determinar a sua origem. O governo Grego conseguiu, ao que parece, provar a propriedade do objecto e já tem acordo com o Museu para a sua devolução.

Será que no caso das jóias da Coroa roubadas recentemente o governo está com a mesma atenção do governo Grego?