No passado fim de semana um grupo bem divertido de alunos, professores e alguns penetras estiveram em Londres numa maratona para ver Museus e afins em Londres. Eu tive o privilégio de ser um deles.

Victoria & Albert, Science Museum, Natural History Museum, Tate Modern, National Gallery, British Museum entre outros foram alguns dos sítios que nos permitiram verificar a realidade londrina dos grandes museus. Não sei se Inglaterra toda terá nos museus a mesma realidade, mas pela amostra de Londres penso que poderemos afirmar sem grandes receios que Portugal continua a anos-luz de outras realidades europeias. Os museus lá são vividos. Fazem parte do programa de diversão da família, não são apenas frequentados por alguns, mas sim por grande parte dos londrinos e turistas que os visitam.

Não penso que os museus de Londres tenham melhores colecções ou espólio mais rico que cative assim tanto os seus visitantes sem mais. Tenho a certeza que há um grande esforço da parte dos museus (conservadores, direcção, serviços de educação, etc) para chamar a si os distintos públicos. E reparem que em Londres a oferta cultural concorrente é bem maior do que a equivalente em Lisboa ou no Porto.

Assim, meus caros, está nas nossas mãos mudar a situação cá na terra. É preciso gerir melhor, perceber o público (com estudos apropriados, claro está), competir directamente com os serviços que concorrem com os museus, delinear estratégias de marketing e implementá-las de acordo com um plano rigoroso, enfim… é preciso tanta coisa que eu penso que está mais do que na altura de começar, não acham?