Atenas e novos perfis de trabalho nos museus

Atenas e novos perfis de trabalho nos museus

Voltar a Atenas é um privilégio. Voltar a Atenas numa data em que os gregos decidiam o seu futuro como nação é uma oportunidade única e imperdível, por isso, devo confessar, estive em alerta durante a semana anterior à viagem para certificar que não ficaria em terra por overbooking, greves e demais problemas que as companhias aéreas costumeiramente nos levantam.

A viagem aconteceu, como calculam, há já algum tempo, mas só agora consegui tempo e disponibilidade para vos contar. A motivação foi profissional, tem sido quase sempre, mas já meti na cabeça que a próxima ida à Grécia, espero que com Atenas pelo meio, seja em férias para que possa aproveitar aquele mar e praias fabulosas que o amigo Ika tem postado frequentemente no Facebook. A motivação profissional prende-se com um convite que me foi endereçado pela Mapa das Ideias, há uns tempos atrás, que em boa hora aceitei, para participar no “advisory board” de um projecto europeu que tinha como propósito definir perfis de competência para as novas profissões que a ligação entre a Cultura e o Digital está a criar.

eCultSkills

O projecto designa-se eCult Skills, é um projecto co-financiado pela União Europeia, de transferência de inovação que procurou, através da investigação em 6 países europeus, empregos novos e emergentes que envolvam a utilização de tecnologia na área cultural para definir novos perfis profissionais que pudessem ser aplicados no contexto nacional e europeu tendo como perspectiva a integração deste novo tipo de profissões no contexto dos objectivos definidos pela União para 2020. O projecto é apresentado pelos responsáveis da seguinte forma:

Culture Industry development policies need to place strategic goals of a broader context, seeking enhanced quality of service that will enforce the existing workforce and eventually attract young people to the profession. In addition, European Training systems have to adapt and to anticipate actual and future employment opportunities in Cultural Jobs as they will represent an important and growing number of jobs over the coming years. In parallel, the use of ICT for access to cultural heritage is a societal demand supported by European policy makers. Existing professional and new recruits need to acquire ICT skills and attitudes of the ideal eCulture professional such as the abilities to be creative, versatile, able to manage digital knowledge, quality and excellence, technical and humanistic training. Thus Culture Jobs need to be enhanced with eSkills to become eCulture Jobs.

O resultado do projecto são os perfis de especialistas no sector cultural e as linhas orientadoras para a formação de profissionais nestes perfis que permitirão, no contexto europeu, a definição de programas de formação, comparação de currículos e de competências profissionais para processos de contratação nas entidades deste sector. Uns e outros resultados podem ser encontrados na página dos resultados do projecto e estão disponíveis em diversas línguas.

Estes resultados foram apresentados na reunião final do projecto, em formato de conferência internacional, onde também foram discutidos, de forma bem alargada por diversos profissionais do sector, os desafios digitais que se colocam actualmente aos profissionais de museus. O tema da conferência era “Digital Challenges for Museum Experts” e o programa, apesar de muito extenso para o pouco tempo, foi muito interessante e estimulou um conjunto de tópicos de discussão muito relevantes relativamente à indefinição que se sente existir sobre a aplicação da tecnologia (que tecnologia, quando aplicar, que papel deve ter nas instituições, que competências são necessários, etc.) no sector cultural.

Eu tive o prazer de apresentar (e depois discutir) uma comunicação intitulada “Museum Documentation: New Skills for a Digital World” e de presidir a uma mesa que discutia novas tendências e desafios nas competências necessárias para a cultura face ao desenvolvimento tecnológico. Numa e outra oportunidade a experiência foi muito enriquecedora e permitiu confirmar e conhecer desafios emergentes colocados, principalmente, pela definição do papel da tecnologia nas instituições, ou seja, a velha discussão sobre a visão da tecnologia como um instrumento e não um fim em si mesmo. Fiquei com a ideia que a primeira está, felizmente, a ganhar cada vez mais terreno!

Julgo que a organização ficou bem contente com os resultados da conferência. O nível de participação foi muito alto e, como poderão ver pelas caras de algumas das fotos, julgo que a satisfação dos participantes também foi alta.

O Museu da Acrópole

Selfie em Atenas

Selfie com as meninas Atenienses

Além da conferência tive, desta vez, a oportunidade de visitar o Museu da Acrópole que ainda estava em construção (ou em projecto) da última vez que visitei Atenas. O museu tem uma ligação espacial com a Acrópole que é muito bem conseguida. Em qualquer momento vemos o local de origem das peças que temos à nossa frente e quando isso não acontece, damos alguns passos e temos essa sensação de pertença. A parte em que me emocionei (gosto sempre de me emocionar num museu) foi quando estive ao lado das Cariátides (do Erecteion) que quase me fizeram chumbar numa oral de História de Arte por ter a pior memória do mundo para nomes (este nunca mais esqueci)! Tirei uma selfie para mais tarde recordar e partilho-a com vocês agora!

Embora tivesse gostado muito do museu, da organização da exposição (um pouco caótica, mas interessante) e de algumas soluções de museografia, não gostei nada, mesmo nada, da ausência de informação nas tabelas de cada objecto. Apenas continham nome, data, local de origem e pouco mais… muito pouco para quem, como eu, tem um conhecimento mínimo do contexto e história do local.

Uma nota final para três coisas: pessoas, comida e bebida! Cada vez mais fã da gastronomia grega e fã, por completo, do bom vinho que por lá se bebe. As pessoas, já o sabia, são determinadas, trabalhadoras, inteligentes e merecedoras do nosso apoio… não é por culpa do povo Grego que o país está naquela situação!

MUX.2015 – Universidade de Aveiro

MUX.2015 – Universidade de Aveiro

Um excelente dia de trabalho e partilha com colegas da Universidade de Aveiro (e de outros locais) começou de forma excelente com a apresentação do Sam Brenner sobre o trabalho que o Cooper Hewitt desenvolveu, enquanto se encontrava encerrado ao público para obras, para conceber uma nova experiência na visita ao museu que permitisse uma exploração da colecção de forma imersiva e sem grandes distrações.

A “New Cooper Hewitt Experience” é apresentada assim no site do do museu:

Explore the digitized collection on large touchscreen tables; draw your own wallpaper designs in the Immersion Room; solve real-world design problems in the Process Lab; discover how the Carnegie Mansion worked as house; and understand how donors have influenced the museum’s collection over the last 100 years.

“Play designer” on 4K resolution touchscreen tables, developed by Ideum, and feature specialized interactive software designed by Local Projects. The 84-, 55-, and 32-inch tables use projected capacitive touch technology – the same technology found in popular tablets and smart phones. The ultra-high-definition resolution allows you to zoom in on objects to see minute details like never before.

The Collection Browser is available on seven tables installed throughout all floors of the museum, giving you access to thousands of objects in the museum’s collection, including those currently on view in the galleries. The largest tables allow up to six visitors to simultaneously explore high resolution images of collection objects, select items from the “object river” that flows down the center of each table, zoom in on object details, learn about its history, and related objects organized by design theme and motif. You can also draw a shape that will bring up a related collection object, or try their hand at drawing simple three-dimensional forms.

In the Hewitt Sisters Collect exhibition on the second floor, the People Browser application, focuses on the relationship between donors and objects in the collection. You can navigate by donor, read biographical details and learn about how objects were collected in the early 20th century.

Another screen on the second floor reveals the history of the Carnegie Mansion before it became the Cooper Hewitt. You can navigate the Mansion History application using the original floor plan of the building and browse through architectural details, original fittings and fixtures, and the quirks of the mansion’s original residents.

Esta nova experiência tem como aparelho de eleição uma “pen” que permite criar (através da interacção com os dispositivos do museu) e coleccionar os objectos que mais interessam a cada visitante. O conceito é, na minha opinião, fabuloso (e dispendioso também segundo uns cálculos simples que fiz) e representa o que de melhor se pode fazer na ligação do visitante com a colecção física e virtual (ou online se preferirem). Melhor do que poderei dizer para falar sobre esta nova experiência no Cooper Hewitt, vejam os seguintes vídeos e digam de vossa justiça.

https://vimeo.com/121152071

É tão “cool” não é? (mesmo sabendo das críticas que se podem fazer). Mas vejam lá este sobre o conceito da “pen” de que vos falei acima.

Levante a mão quem quiser dar um salto à 5ª Avenida e trocar o Guggenheim por uma tarde no Cooper Hewitt!

Além deste interessante projecto (já concretizado) os resultados do trabalho desenvolvido até agora pelo projecto CIDES.PT, com um interessante produto, apresentado pelo Vasco Branco, para explorar virtualmente as colecções de design português, que têm vindo a ser exploradas como tema principal através de diversas abordagens (museologia, design, museografia, etc.) também apresentadas na conferência pelos diferentes investigadores do projecto (um especial destaque para a apresentação do Gonçalo Gomes intitulada “Uma História Participada do Design Português: o contributo das tecnologias sociais.” com uma abordagem muito interessante sobre o papel dos media sociais num projecto de investigação que irei reter para futuro) e o excelente trabalho em curso nos serviços de documentação e museologia da UA com a documentação das colecções da Universidade fizeram com que o dia de ontem tenha sido de aprendizagem constante!

Um enorme obrigado à organização (abraço Rui e Cristina)! Hoje não pude ir, mas certamente vou arrepender-me!

Obrigado

Obrigado

Recordo hoje o dia em que iniciei, embora sem ter a noção disso na altura, o percurso do doutoramento que acabei em 2013. Estava na conferência do CIDOC em Atenas, em 2008, pouco tempo depois de acabar o mestrado, a ouvir o Nick Poole e o Gordon McKenna a falar sobre o projecto de internacionalização da norma SPECTRUM e pensei com os meus botões: isto é que era uma coisa interessante para fazer no teu doutoramento, Alexandre (sim… eu falo comigo mesmo…)! Quando voltei muita gente teve de aturar o entusiasmo. A família, o patrão, os colegas de trabalho, o orientador, os professores, os amigos e colegas dos museus, julgo que até os vizinhos tiveram que ouvir falar do projecto. Era algo simples. Traduzir uma norma boa, testar essa norma com um caso prático num bom museu e conciliar tudo isto com a aplicabilidade da norma nas ferramentas de gestão de colecções da Sistemas do Futuro. De 2009 a 2013 todas aquelas pessoas tiveram que lidar comigo a braços com o trabalho de investigação, sobreviver e, acima de tudo, ajudar-me a sobreviver. Já lhes agradeci e ficarei para sempre grato a todos, mas hoje é dia de renovar esse agradecimento porque recebi o Prémio APOM na Categoria Estudo sobre Museologia exactamente pela tese de doutoramento “SPECTRUM: Uma norma de gestão para os museus portugueses“.

Este trabalho pretendeu, desde o início, ser um contributo importante para a gestão e documentação das colecções dos nossos museus e acabou por proporcionar uma parceria excelente entre museus e profissionais de Portugal e Brasil que se concretiza no projecto SPECTRUM PT onde todos poderão encontrar, descarregar e, mais importante, utilizar a SPECTRUM PT como norma para o trabalho diário nos museus.

Apesar de já ter mencionado o agradecimento que fiz aqui no Mouseion, não posso deixar de agradecer (ou voltar a agradecer) à APOM, com um enorme abraço a todos os seus responsáveis, pelo honroso prémio que me foi atribuído hoje (irei guardar esta prenda de natal e o meu reconhecimento a todos vós para sempre), à Sistemas do Futuro, ao Fernando Cabral e a todos os museus colegas e amigos de trabalho que tornaram este trabalho possível, ao Museu da Ciência da Universidade de Coimbra por ter acreditado neste projecto (com um abraço enorme aos seus responsáveis e a toda a equipa), ao Prof. Rui Centeno que me orientou verdadeiramente, à Faculdade de Letras e a todos os colegas e amigos dos museus, à minha família e amigos e, acima de tudo, à Sandra, ao João e à Inês a quem dedico por inteiro este prémio.

Um enorme abraço a todos deste vosso, para sempre grato, amigo!

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Processos de Musealização: Um Seminário de Investigação Internacional (FLUP)

Processos de Musealização: Um Seminário de Investigação Internacional (FLUP)

No âmbito do doutoramento em Museologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) irá realizar-se, de 5 a 7 de Novembro deste ano, o Seminário de Investigação Internacional sobre Processos de Musealização. Este seminário pretende ser um espaço de reflexão e discussão das teorias no âmbito da museologia internacional e a sua aplicação prática nos mais diversos contextos ou circunstância, procurando assim contar com a participação de investigadores de museologia de todo mundo para a apresentação e discussão de trabalhos de investigação no âmbito da museologia. A organização descreve o seminário da seguinte forma:

O Seminário Internacional de Investigação “Processos de Musealização” é organizado no âmbito da Unidade Curricular Estudos de Museus e Curadoria do 3º Ciclo de Museologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, desenvolvendo diferentes linhas de investigação deste Doutoramento: Museus, Coleções e Património; Museus, Património e Conservação Preventiva; Museus, Espaço e Comunicação; Museus e Curadoria.

Como em ocasiões anteriores, este Seminário Internacional pretende afirmar-se como um encontro de investigação multidisciplinar, procurando participações de diferentes áreas e tradições disciplinares e metodológicas, contribuindo, desta forma, para a construção de territórios e práticas de investigação contaminadas. Os estudos teóricos que relacionem criticamente o campo da teoria com as práticas são especialmente bem-vindos.

As diferentes dimensões dos processos de musealização vêm sendo cada vez mais compreendidas enquanto aspetos centrais para pensar os museus como artefactos sociais e produtores de conhecimento. O Seminário pretende ser um espaço para discutir os processos de musealização, explorando os desenvolvimentos teóricos do pensamento museológico contemporâneo e destacando como a sua materialização acontece nas suas práticas.

Neste momento estão abertas as “call for papers” para os interessados em apresentar os seus trabalhos ou submeter um artigo nas seguintes áreas temáticas:

1. Processos de musealização e práticas de mediação (especificamente):

Objectos performativos
Memória e construção de significados
Afetividade e storytelling
Criticidades
Criatividade
Públicos da cultura
Democracia cultural
Interpretação

2. Processos de musealização, coleções e património (especificamente):

Poéticas de colecionar
Práticas de desmaterialização
Paisagens biográficas
Processos de documentação
Digitalização
Storytelling e documentação
Reutilização da informação (COPE)
Museologias Participativas
Museus e Políticas Identitárias
Museus e Desenvolvimento Sustentável
Interpretação/Mediação de Recurso Culturais
Exposição como Subtexto
Interpretação Póscolonial

3. Processos de musealização e curadoria (especificamente):

Teoria e história das exposições
Documentação de exposições
Modelos e estratégias expositivas
Exposições e comunicação
Exposição como medium e lugar de criação artística

4. Processos de musealização e conservação preventiva (especificamente):

História e teoria da conservação preventiva
Vulnerabilidades
Modelos e práticas de avaliação de risco
Alteração/dano/perda
Caraterização e documentação
Previsão e profilaxia
Comunicação
Responsabilidade partilhada/redes colaborativas/sinergias
Valor
Resiliência

Além do “call” poderão também (e deverão no meu entender) participar nas sessões tutoriais do doutoramento, nas quais se pretende discutir os projectos de investigação dos participantes com um grupo de colegas, professores, investigadores, etc. tendo como objectivo principal a recolha de feedback sobre investigações em curso.

Serei a pessoa mais parcial para vos recomendar este seminário (faço parte da comissão científica), mas julgo que será uma excelente oportunidade para discutir de forma ampla os nossos trabalhos de investigação. Espero sinceramente encontrar-vos por lá!

Visualização de Informação – Blog e livro

Visualização de Informação – Blog e livro

Não sei se vocês, como eu, gostam de explorar os meandros da visualização de informação e das imensas ferramentas que estão hoje disponíveis para apresentar ou representar de forma mais apelativa dados e informação (a ver se acabamos de vez com os gráficos do excel) sobre os mais diversos assuntos. Se forem certamente ficarão interessados neste livro do Nathan Yau, autor do excelente blog FlowingData (que sigo já há algum tempo com muita atenção) e de um “bestseller” sobre o mesmo tema intitulado Visualize This, onde o autor trata este assunto recorrendo a diversos exemplos de representação de informação normalizada e não-normalizada.

Os dois livros estão disponíveis para compra na Amazon. Abaixo um vídeo sobre o Data Points: Visualization That Means Something.

[youtube=http://youtu.be/s8v7_oamjUM]

Museus Militares do Exército: Um modelo de gestão em rede

Museus Militares do Exército: Um modelo de gestão em rede

Terá lugar amanhã, pelas 18:30h, no Auditório Lagoa Henriques da Faculdade de Belas Artes de Lisboa – Largo da Academia de Belas Artes, a apresentação pelo Prof. Doutor Fernando António Baptista Pereira do livro Museus Militares do Exército: um modelo de gestão em rede, da autoria do Ten. Coronel Francisco Amado Rodrigues e da Dr.ª Mariana Jacob Teixeira, colegas e amigos, que introduz uma visão muito clara, objectiva e estratégica sobre a gestão do património museológico do exército português. O livro é editado pelas Edições Colibri e teve o apoio, entre outras entidades, da Sistemas do Futuro.

Esta publicação é fruto do trabalho de investigação do Francisco e da Mariana nas respectivas dissertações de mestrado e reúne um conjunto de dados sobre a gestão dos museus militares e, também, da gestão e documentação do seu espólio, que serão, certamente, úteis a todos os que se interessam e estudam estas duas áreas da museologia. Tendo acompanhado, no âmbito do projecto de documentação dos museus do exército, uma parte da investigação dos autores, sei que teremos a partir de amanhã mais um importante documento para auxiliar o desenvolvimento da museologia portuguesa.

Ao Francisco e à Mariana, na impossibilidade de estar presente amanhã em Lisboa, quero deixar aqui expressos os meus parabéns pela publicação do vosso trabalho que, mais do que um prémio para vocês, é um prémio para nós que a partir de agora poderemos consultar e utilizar os resultados da vossa importante investigação.

Sobre o Livro

Com a edição deste texto, pretende-se revelar e partilhar, essencialmente à comunidade museal, a estrutura organizacional legal, os recursos e os processos utilizados pelos Museus Militares do Exército Português, como um contributo para a definição de um modelo de gestão. Este, à semelhança de outros modelos, possui pontos fortes e também pontos fracos, mas pretende-se configurá-lo numa boa via para se alcançar a desejada qualidade da actividade museológica militar e em rede integrada, constituída internamente por uma entidade ordenadora e coordenadora, seis Museus Militares e cerca de meia centena de Coleções Militares Visitáveis. Através das Tecnologias de Informação e Comunicação, será possível desenvolver a rede no plano nacional e internacional.

 

Francisco Amado Rodrigues

 

A segunda parte da presente obra (…) pretende contribuir para a reflexão sobre o conceito de museu militar e as especificidades que os diferenciam das demais instituições museológicas, nomeadamente ao nível dos seus processos de criação à luz do envolvente contexto europeu e das formas de colecionar presentes nos seus acervos. A partir de seis contextos – o Museu Militar dos Açores, o Museu Militar de Bragança, o Museu Militar de Elvas, o Museu Militar de Lisboa, o Museu Militar da Madeira e o Museu Militar do Porto, é feito o diagnóstico das formas de gestão e documentação das coleções e apontadas pistas para o desenvolvimento de uma gestão do acervo conduzida de forma integrada, ética e sustentável.

 

Mariana Jacob Teixeira

Sobre os autores

Francisco Amado Rodrigues – Lourenço Marques, agosto de 1964

 

Tenente-Coronel de Cavalaria/Exército.
Mestre em Museologia e Museografia, pela Universidade de Lisboa/Faculdade de Belas Artes. Licenciado em História pela Universidade Aberta. Licenciado em Ciências Militares, pela Academia Militar. Esteve colocado na Escola Prática de Cavalaria, onde exerceu, nos vários postos, diversas funções de comando, direção e chefia. Foi Diretor da Revista da Cavalaria e Professor na Academia Militar. Atualmente desempenha as funções de Chefe de Repartição de Património da Direção de História e Cultura Militar/Exército.

 

Mariana Jacob Teixeira – Porto, março de 1982

 

Ex-militar, arqueóloga e museóloga.
Licenciada em Arqueologia. Mestre em Museologia, tendo desenvolvido trabalho de projeto sobre a natureza e gestão das coleções de museus militares. Entre 2000/2007, colaborou em projetos de investigação de sítios arqueológicos. Entre 2006/11, integrou a equipa do Museu Militar do Porto, com funções da área do estudo e comunicação das coleções, conservação preventiva e serviços educativos. Desde 2011, é coordenadora científica do projeto do Museu de Sapadores Bombeiros do Porto. Participou na produção executiva da investigação do projeto Edifícios e Vestígios. Projeto-ensaio sobre espaços pós-industriais no âmbito de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.