Seminário (Pré) Existências Culturais e acessibilidade universal: documentação, preservação e democratização

Seminário (Pré) Existências Culturais e acessibilidade universal: documentação, preservação e democratização

No âmbito do doutoramento da Isabela Stiegert da UFMG, em Belo Horizonte, Brasil, irá realizar-se com a organização do Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» (CITCEM) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e da Universidade Federal de Minas Gerais o seminário (Pré) Existências Culturais e acessibilidade universal: documentação, preservação e democratização.

Neste seminário procuramos debater e reflectir sobre a acessibilidade universal, nas suas mais distintas vertentes, com foco na documentação, preservação e democratização do património cultural com um conjunto de especialistas na matéria e trazendo à discussão questões relevantes como a acessibilidade para os conjuntos de património classificado pela UNESCO ou com outros condicionalismos sobre os quais é importante haver questionamento.

Cartaz do evento

O evento acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de março e terá um formato híbrido, sendo que a participação poderá ocorrer por videoconferência (acesso: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/84450942592) ou presencialmente, no Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Importa referir que o evento será bilingue e sem tradução simultânea.

O evento terá 5 painéis. No final de cada painel, haverá tempo para um debate com moderação. Os painéis serão divididos da seguinte forma:

  • Painel 1: Princípios e Políticas (21 de março – manhã, em português)
  • Painel 2: Políticas e Práticas (21 de março – tarde, em português)
  • Painel 3: Projetos Nacionais (22 de março – manhã, em português)
  • Painel 4: Projetos Internacionais (22 de março – tarde, em inglês)
  • Painel 5: Boas Práticas (23 de março – manhã, em português)

As comunicações serão transmitidas pelo Youtube e ficarão registadas no Canal do CITCEM.

Para qualquer esclarecimento adicional devem contactar o secretariado do CITCEM. As inscrições estão abertas e estão todos convidados a participar nesta importante discussão presencialmente ou online.

De volta à estrada (finalmente)

De volta à estrada (finalmente)

Estamos de volta (finalmente) à estrada! Foram meses e meses e mais meses atrás do ecrã, em zoom, teams, meets, etc., mas finalmente começamos a sair e, com todos os cuidados, voltamos já esta semana a duas formações presenciais em Torres Vedras e em Bragança. Confesso que já há muito que não ficava contente por gastar gasolina (ainda por mais ao preço a que está), mas desta vez fiquei apesar do rombo no orçamento das despesas mensais!

Começamos esta semana, mas continuamos nas próximas com dois eventos muito interessantes. O primeiro, já no próximo dia 22, é o Workshop BAM! Precisamos de normas! Normas e modelos de dados em B(ibliotecas), A(rquivos) e M(useus). Sim, fixem o BAM! Vai colar e substituir a sigla inglesa GLAM! Este workshop trará a Lisboa, ao Goethe-Institut Portugal, a Monika Hagedorn-Saupe e o Axel Ermert do CIDOC para falarem sobre normas do CIDOC e da ligação entre este e a ISO, nomeadamente através de projectos como o CIDOC CRM, mas também a Ana Alvarez Lacambra e um conjunto de colegas e amigos que têm construído muito o que de bom se faz em Portugal na área da normalização em museus (modéstia à parte que também eu estarei lá).

É um evento a não perder! Mas para o qual se precisam de inscrever, ok?

Na semana seguinte, mais precisamente no dia 29 (tudo às sextas), estarei no Alentejo, mais precisamente em Almodôvar, no 5º Encontro da Rede de Museus do Baixo Alentejo sobre o tema “Os Bastidores dos Museus: Modelos e Práticas, para aprender com os amigos e colegas a sul e partilhar aqueles que serão os desafios do futuro para os museus na área da documentação (mais bastidor não há).

A forma de inscrição e programa do encontro estão indicados na imagem abaixo, mas para facilitar é só enviar e-mail para turismo@cm-amodovar.pt com nome, entidade e contactos a indicar a vontade de participar.

Duas semanas e dois eventos importantes onde terei a possibilidade de matar um pouco das saudades! Espero encontrar-vos por Lisboa ou por Almodôvar!

DOMINO (DocumentandO Museu IberoamericaNO)

DOMINO (DocumentandO Museu IberoamericaNO)

Juntamente com um conjunto de colegas e bons amigos, membros do Comité Internacional para a Documentação do ICOM (CIDOC), conseguimos aprovar, durante a conferência anual do CIDOC de 2018 em Creta, Grécia (ver aqui a história toda), a constituição de novo grupo de trabalho, a que chamamos recentemente DOMINO (DocumentandO Museu IberoamericaNO) com o objectivo de disseminar o trabalho do CIDOC pelos países e comunidades de línguas portuguesa e espanhola e, de forma mais abrangente, chegar a outros membros com um contexto cultural comum e, também, servir de ponte linguística para partilhar conhecimento especializado com a comunidade internacional de profissionais de museus e documentação.

CC BY 2.0 Adrià Ariste Santacreu

DOMINO tem como plano desenvolver uma rede de especialistas e de boas práticas na área de documentação em museus através da identificação, desenvolvimento e/ou atualização de normas relevantes nas línguas acima referidas, procurando assim uma harmonização no desenvolvimento da documentação de coleções na comunidade ibero-americana. Procurará ser também um elemento de disseminação da especialização nesta área criando uma agenda comum de questões a ser abordada activamente pelas instituições nesta comunidade.

Alguns dos tópicos que guiarão as prioridades do grupo nos próximos anos serão:

  • Documentação de histórias e costumes tradicionais;
  • Documentação de itens digitais (born digital assets);
  • Documentação de coleções em pequenos museus rurais;
  • Políticas para apoiar a documentação de coleções;
  • Inventários nacionais e portais digitais;
  • Web semântica, Linked Data, dados abertos e iniciativas de dados abertos;
  • Experiências compartilhadas no uso de software livre para documentação de coleções e objetos.

O grupo foi formado, como poderão ler aqui, por um conjunto de colegas do CIDOC de Espanha, Brasil, Chile, México, Portugal entre outros países e terá na próxima conferência do CIDOC, a realizar online entre 7 e 10 de Dezembro próximo, o seu primeiro conjunto de atividades com um workshop, um painel de discussão e uma sessão do grupo de trabalho nas quais os interessados poderão participar de forma gratuita, sendo apenas necessário fazer o registo.

Aliás, a conferência do CIDOC deste ano, como muitas outras de comités internacionais do ICOM, será realizada online e a participação é completamente gratuita, sendo necessário, como habitualmente, o processo de registo através deste link. O programa e demais informações do CIDOC 2020 estão disponíveis em https://cidoc.mahgeneve.news/en/home/

Workshop SPECTRUM e ARTIS Being Digital

Workshop SPECTRUM e ARTIS Being Digital

No seguimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no SPECTRUM PT estamos a preparar um conjunto de workshops e apresentações da norma SPECTRUM, em parceria com um conjunto de instituições, para faciliar a divulgação e utilização da norma no contexto português e brasileiro. Esta semana, através da Juliana Monteiro, tivemos um desses workshop no Rio de Janeiro no congresso HDRio2018, organizado pela Fundação Getúlio Vargas e, no próximo dia 14 de Maio, eu estarei em Lisboa com os colegas do ARTIS Being Digital para realizar um workshop sobre implementação do SPECTRUM onde utilizarei também o fruto do trabalho do GT-SIM, os Guias Técnicos do SPECTRUM.

Este conjunto de workshops, que iremos levar também a Coimbra e ao Porto com toda a certeza, pretende divulgar a norma SPECTRUM para a gestão de colecções, mas também o trabalho importante realizado no âmbito do GT-SIM da tradução e adaptação dos SPECTRUM Advices, Guias Técnicos para nós, que pretendem ser uma fonte de auxílio para a compreensão da norma e uma ajuda para a sua implementação nos sistemas de documentação e gestão de colecções dos museus em Portugal e Brasil (e esperamos que no futuro para outros países lusófonos).

O workshop é dividido em duas partes, uma mais teórica, sobre a história da norma e do seu desenvolvimento, abordando as questões essenciais da sua estrutura e dos requisitos de informação que impõe e, uma segunda parte, mais prática, onde iremos percorrer alguns dos procedimentos incluídos na norma com o objectivo de ajudar as instituições que a queiram implementar e dar conta da simplicidade que a norma representa para a documentação das colecções. Nesta segunda parte pretendemos também demonstrar, através de alguns exemplos, as razões pelas quais os museus devem considerar a adopção de normas como a SPECTRUM no dia-a-dia da gestão das colecções que guardam.

Toda a informação sobre as inscrições está disponível no site do ARTIS Being Digital, mas deixo abaixo o cartaz de divulgação (versão em PDF aqui) para que possam partilhar junto dos vossos contactos, se assim o entenderem.

Cartaz

Cartaz do Evento

Aproveito, por fim, para dar os meus parabéns ao ARTIS – Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), pela iniciativa de criar um espaço de debate e aprendizagem sobre História da Arte e ferramentas digitais com base nos projectos que o instituto gere e com os quais já tive, felizmente, a oportunidade de colaborar. É uma excelente iniciativa que todos os envolvidos na área devem, na minha opinião, louvar. Eu faço-o, agradecendo à Rosário Salema de Carvalho e ao Prof. Vitor Serrão por terem aceite este meu desafio e concretizado esta iniciativa com um enorme entusiasmo!

Vejo-vos em Lisboa a 14 de Maio?

PS: não percam a primeira sessão que é da responsabilidade da Maria José Almeida! É já no dia 16 deste mês!

Museus de Cidade – Simpósio

Museus de Cidade – Simpósio

São diversas as formas de abordagem à problemática dos museus de cidade ao longo dos últimos anos. Não há – e ainda bem que assim é – uma única forma de os ver. Tal como não uma única forma de ver ou de sentir as cidades no nosso século, mas como podemos nós construir e promover um museu de cidade? Aliás, pergunta primeira, o que é isso de um museu de cidade?

É algo a que chamamos simplesmente museu de cidade x, sem mais? É uma instituição que reflecte a cidade? É uma instituição que pensa a cidade? Que a transforma? Que contribui para o seu desenvolvimento? É uma instituição que apresenta o passado? Afinal o que é, o que deve ser, o que será importante num museu de cidade em 2017 e nos anos que se seguem?

Estas e outras perguntas são o motivo da investigação que o Manuel Sarmento Pizarro está a desenvolver no doutoramento em museologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e também servem de base ao simpósio Museus de Cidade em Portugal que terá lugar na Reitoria da UP no próximo dia 5 de Junho.

Simpósio Museus de Cidade

Para procurar as respostas o simpósio conta com o importante contributo de diversos profissionais e investigadores de diferentes áreas, cuja reflexão será, estamos certos, extraordinariamente relevante para a investigação levada a cabo pelo Manuel Sarmento Pizarro, mas também para uma área que não tem sido alvo da atenção que merecia.

Poderão procurar vocês os motivos para participar neste momento de reflexão directamente no programa do encontro, mas asseguro-vos que os contributos de cada um dos particpantes serão excelentes razões para passarem um dia connosco a reflectir sobre museus de cidade na actualidade.

A inscrição é gratuita mas está limitada à capacidade da Sala do Fundo Antigo da Reitoria da Universidade do Porto, por isso apressem-se. É só seguir as indicações dadas nesta página.

9º Encontro de Utilizadores – Sistemas do Futuro

9º Encontro de Utilizadores – Sistemas do Futuro

A Sistemas do Futuro organiza, de dois em dois anos, o seu Encontro de Utilizadores que tem como principal objectivo dar a conhecer os projectos que desenvolve com e para os seus clientes e parceiros e possibilitar a troca de experiências e conhecimentos com a comunidade museológica e científica na área do património cultural. Desde sempre estes encontros foram gratuitos e, ao longo dos anos, vários profissionais de museus participaram e contribuíram para a extraordinária rede de conhecimento criada à volta das questões da documentação e gestão do património.

Sessão de Abertura do 9º Encontro de Utilizadores

Sessão de Abertura do 9º Encontro de Utilizadores

Este ano o Encontro de Utilizadores, já na sua 9ª edição, foi organizado em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e decorreu no auditório desta instituição nos dias 19 e 20 de Maio. O programa foi extenso e contou com várias apresentações interessantes (recordo que a minha opinião poderá ser parcial) de projectos brasileiros e portugueses nas quais é evidente um enorme esforço das instituições para resolver questões práticas na documentação e gestão de um património vasto e riquíssimo.

Não vou, dado que esperamos em breve ter autorização para a publicação dos vídeos das apresentações, elogiar ou focar uma apresentação específica. Todas elas têm pontos muito interessantes, com soluções e problemas, com diferentes abordagens e metodologias, mas importa-me referir um ponto comum a todas elas, a importância dada às normas. Pode parecer-vos uma questão óbvia, tratando-se de documentação, mas não é. Tanto não é que ainda hoje assisto à apresentação de projectos, leio artigos e vejo online alguns produtos de processos de documentação em que a normalização existente é a mesma do que a quantidade de água no deserto de Atacama. É isso que me faz sentir que o caminho, embora longo e difícil, está a ser bem trilhado por muitas instituições com grandes responsabilidades nesta matéria.

Auditório da SEC-SP

Auditório da SEC-SP

Estes dois dias foram também um excelente momento de aprendizagem, de partilha e de construção de boas amizades com muitos colegas brasileiros que, num momento particularmente difícil, trabalham todos os dias em prol da nossa herança cultural tornando-a acessível, física e intelectualmente, à grande comunidade da lusofonia. Para ser um encontro perfeito só faltou a presença de muitos colegas portugueses que costumam marcar presença nestes momentos e dos quais senti(mos) a falta.

Espero ver todos numa próxima oportunidade.