Um ponto prévio que importa ressalvar. Quando soube da decisão da Ministra da Cultura relativamente à mudança de direcção do Museu Nacional de Arte Antiga não fiquei muito contente. Não tinha ficado contente também quando foi demitida a anterior directora, mas não porque conhecesse algum dos responsáveis, antes porque acho que um projecto para o MNAA deve ser pensado a longo prazo, numa situação ideal em que as mudanças de elenco governativo, não impliquem mudanças neste (e já agora noutros) museu. O planeamento estratégico a isso obriga. Esperemos que assim seja.

No entanto, a entrevista dada pelo actual director ao Público deixou-me de certa forma confiante no destino da instituição. Notei, com agrado, que António Filipe Pimentel tem algumas ideias sólidas daquilo que lhe compete definir e uma perspectiva de futuro para o museu assente numa visão estratégica do que o museu representa, ou deveria representar, para a cidade e país.

Embora saiba que tem em mãos uma tarefa gigante e difícil, desejo-lhe a bem do MNAA o maior sucesso na modernização do museu e na sua transformação numa instituição que concorra, porque o merece, com os citados museus em que o estado participa como parceiro.