Confesso-me um pouco admirado com as notícias que têm vindo a público relacionadas com o investimento nos museus portugueses tutelados pelo ministério da Cultura. A mais recente, a construção de um edifício de raíz para o Museu dos Coches, é alvo de algumas críticas por parte de algumas pessoas com bastante experiência na gestão de museus em Portugal e, numa primeira análise, suscita-me uma dúvida (que poderá ser mesquinha): onde desencantamos dinheiro para este investimento em novos edifícios e museus?

Esta poderá ser a mais mesquinha das perguntas, mas como estamos em contenção orçamental, não posso deixar de o perguntar. Mas há outras dúvidas. O que vai ser o Museu do Mar e da Língua? É o IMC que vai ficar responsável pela sua gestão? O orçamento do instituto chegará para todas as necessidades acrescidas? Se agora não chega para contratar pessoal de guardaria, como fazer quando a necessidade desses recursos aumentar? Há algum estudo de viabilidade para o novo museu? Estudo de públicos por exemplo?

Esta espécie de interface museológico de Belém parece ter uma estratégia por trás. Mas terá mesmo? Há uma ideia fundamentada que funcione como base de sustentação e justificação do investimento público naquela área?

Do que leio são estas as dúvidas que me assaltam… que me dizem?