Muita coisa se escreveu e disse sobre o mal afamado (e não só por esta última polémica) Túnel de Ceuta. Nos meus tempos de estudante começou-se esta obra no sentido de permitir uma ligação mais rápida da baixa a Júlio Dinis e à Boavista. Desde cedo a coisa complicou-se ficando uma ferida aberta no coração da cidade, disfarçada com taipais e publicidade em cartazes. Quantos e quantos anos não passava no jardim ao lado do Hospital de Santo António e me amargurava aquela triste situação.

Enfim… coisas habituais neste Portugal. Quando Rui Rio anunciou que iria finalizar a obra fiquei, embora com a desconfiança “S. Toméense”, contente! Pelo menos alguém demonstra vontade. No entanto, o final do processo deu nestes tristes episódios relativos à finalização do túnel perto do Museu Soares dos Reis. Confesso que não estando dentro do processo, não o poderei ajuizar da melhor forma, mas uma saída de um túnel, que pretende ligar de forma mais fácil dois pontos da cidade, mesmo em frente ao Museu não é à primeira vista uma solução óbvia. Poderá sê-lo se apenas tivermos em consideração questões monetárias, mas essas não podem ser as únicas. Não sei se viram a “praça” que se quer criar à frente do Museu. É no mínimo rídicula. Comporta dificuldades para os peões, porque tem o mesmo, ou mais, trânsito e para o trânsito porque tem os mesmos, ou muitos mais, peões.

Hoje li no Público que a direcção do IPPAR – Porto se tinha demitido em bloco e esta, meus amigos, é uma péssima notícia. Só quem não acompanhou os últimos anos do IPPAR aqui no Porto poderia ficar contente com a demissão do Dr. Lino Tavares Dias. Uma triste notícia mesmo.